sexta-feira, julho 29, 2005

Na minha incansável busca por mais livros interessantes para ler (e consequente aumento do desespero por não conseguir lê-los na velocidade desejada), hoje entrou mais um na minha lista.

Simulacros e Simulação”, de Jean Baudrillard.

Desse livro saiu a idéia original do filme “Matrix”, mas não é esse o ponto que interessa. Baudrillard discorre, nesta obra, à respeito de como a nossa realidade foi modificada pela mídia – e por que não fazer um paralelo? – pelo mundo virtual. É como se o mundo real tivesse sido omitido ou escondido por uma máscara, uma máscara que nada mais é do que um simulacro de realidade. Parece um pouco com as teorias de Platão e com o mito da caverna. E é.

Vivemos no mundo da imagem e da ficção o que pode ser mais trágico e danoso do que podemos supor porque nos faz nos perdermos de nós mesmos, de nossa essência. A mídia não só nos vende, mas nos enfia goela abaixo, uma imagem de sucesso e beleza que só existe mesmo lá, na mídia, no meio virtual. Na vida real, as pessoas têm fracassos, não são tão ricas ou belas e têm problemas. Tudo isso contraposto a momentos em que sentimos o gosto do sucesso, dias em que nos sentimos as pessoas mais lindas do mundo ou quando achamos que não temos mais nenhum problema. As coisas funcionam assim, na roda da fortuna. Um dia embaixo, outro dia em cima.

Mas a mídia, a imprensa, a internet e todo o poder que alguns veículos podem exercer sobre o consciente e inconsciente das pessoas nos fazem crer que se temos uma mancha na pele, se não estamos sorridentes todos os dias, se não ganhamos dinheiro o suficiente para mostrar o quanto somos bem-sucedidos então, desculpa, somos uma ralé.

A tensão que essa cobrança nos causa nos tira da realidade e nos leva ao simulacro, onde temos que ser as pessoas mais legais e interessantes, onde temos que usar as roupas mais modernas, conhecer as músicas mais ousadas (e gostar) e correr desesperadamente atrás dos nossos 15 minutos de fama. Tudo isso é muito importante. Ser verdadeiramente original, não é.

É, Andy Warhol tinha mesmo razão. Todos terão os seus 15 minutos de fama.
Mas ele se esqueceu de dizer que todos viverão, não apenas por 15 minutos, mas por toda a sua vida, dentro de um de seus quadros.

O “Retrato de Dorian Gray” se repete na nossa época, mas não entre você e um auto-retrato, mas entre você e uma lata de sopa Campbell.

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sexta-feira, julho 22, 2005

Top 10 Banned Classics
Guide Picks

From Esther Lombardi

Books are still being banned every day, but do you know which of the great classics have been banned? Here's a list of ten...

1) Ulysses
by James Joyce. Dover. Published in 1918, this book was banned on sexual grounds. In 1922, 500 copies of the book were burned by the United States Department of the Post Office.

2) Adventures of Huckleberry Finn
by Mark Twain. Norton. Published in 1884, "The Adventures of Huckleberry Finn" has been banned on social grounds. Concord Public Library called the book "trash suitable only for the slums," when it first banned the novel in 1885.

3) Madame Bovary
by Gustave Flaubert. Oxford. Published in 1857, "Madame Bovary" was banned on sexual grounds. In the trial, Imperial Advocate Ernest Pinard said, "No gauze for him, no veils--he gives us nature in all her nudity and crudity."

4) The Scarlet Letter
by Nathaniel Hawthorne. Norton. Published in 1850, "The Scarlet Letter" was censored on social grounds. The book has been challenged under claims that it is "pornographic and obscene."

5) Uncle Tom's Cabin
by Harriet Beecher Stowe. Norton. Published in 1852, "Uncle Tom's Cabin" was controversial. When President Lincoln saw Stowe, he purportedly said, "So you’re the little woman who wrote the book that made this great war." The novel has been been banned for language concerns.

6) Of Mice and Men
by John Steinbeck. Penguin. Published in 1937, Steinbeck's "Of Mice and Men" has been frequently banned on social grounds. The book has been called "offensive" and "vulgar" because of the language and characterization.

7) Brave New World
by Aldous Huxley. HarperCollins. Published in 1932, "Brave New World" has been banned with complaints about the language used, as well morality issues. "Brave New World" is a satirical novel, with a stringent division of the classes, drugs, and free love.

8) Lady Chatterley's Lover
by D.H. Lawrence. Random House. Published in 1928, "Lady Chatterley's Lover" has been banned for its sexually explicit nature. Lawrence wrote three versions of the the novel.

9) Moll Flanders
by Daniel Defoe. Oxford. Published in 1722, "Moll Flanders" was one of the earliest novels. The book dramatically depicts the life and misadventures of a young girl, who becomes a prostitute. The book has been challenged on sexual grounds...

10) Candide
by Voltaire. Oxford. Published in 1759, "Candide" was banned by the Catholic Church. Bishop Etienne Antoine wrote: "We prohibit, under canonical law, the printing or sale of these books..."

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